Simplesmente adoro geoprocessamento e a geocodificação é inerente à essa atividade. Recentemente ouvi falar de "geocoins" e pensei do que poderia se tratar. No Brasil vi sendo vendidas "geocoins" (medalhas geocodificadas) dos cavaleiros templários, dos cavaleiros teutônicos, dos cavaleiros da távola redonda, dos Maias e Celtas, entre outras. De acordo com a explicação dos vendedores, é fornecido junto com a medalha um código que serve para se cadastrar no site de seu fabricante e cadastrar sua localização e sempre que ela mudar de endereço, seja por mudança do dono ou venda, deve-se inserir a nova localização geográfica.
Pensei comigo. Para que serve isso ? Um colecionador procura juntar coisas e não necessita desse tipo de coisa. Um numismáta só teria interesse se houvesse essa informação desde séculos atrás e de moedas ou medalhas realmente importantes. Pessoas que gostam de jogos como RPG e outros talvez achassem interessante, mas não achei nada ligando elas a jogos.
Pesquisei fora do Brasil e descobri que existem inúmeras geocoins além das que citei.
Clique AQUI para ver o site de geocaching da Califónia-EUA.
Se pelo menos eles mostrassem em mapas o rastreamento das medalhas... Bem, também não sei qual seria a utilidade. Não achei, mas deve ter algum site que mostre em mapa o deslocamento das geocoins.
Muito mais interessante seria ter uma medalha comemorativa de algo, como a inauguração da sede do Flamengo, Fluminense ou América, com as coordenadas geográficas da referida sede. Aí sim, seria interessante.
Vejam a sede do América embaixo. Diga-se de passagem, mesmo sem coordenadas já é uma verdadeira "geocoin", pois tem referência geográfica definida, bastando que se conheça o clube. Aliás, notem que também tem referência temporal.
Veja detalhes dessa medalha clicando aqui.
Para mim passatempo tem que ter alguma utilidade além do passar o tempo. Senão fico no jogo de paciência do computador mesmo...
Já "geocaching" sem necessariamente estar ligado a "geocoins", no sentido de busca e orientação é outra história, que deixarei para um próximo artigo.
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Marco Antonio Perna
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Uma das maravilhas dos mapas é não ter a necessidade de serem obras de engenharia sempre, podendo ser arte, história, turismo etc.
Indo na França não podemos deixar de adquirir um de queijos, de vinhos ou de culinária.
Essa foto terrível abaixo é de um mapa de queijos da Suiça.
Ou ainda no Chile um mapa em cobre, que é o principal produto chileno de exportação. Na Argentina tem que ser um de couro...
Como seria um mapa pictórico turístico do Brasil ? Pela observação de lojas para turistas em Copacabana, parece lógico imaginar um feito de pedras semi-preciosas, Mas não encontrei nenhuma imagem com um mapa desses. Achei apenas os abaixo que não são mapas pictóricos turísticos e sim mapas do Brasil estilizados com pedras (vendidos nas lojas indicadas nas imagens).
Existem, claro, mapas em couro do Brasil e de cidades, como o de Florianópolis abaixo. Mas, na minha opinião, não refletem a nossa essência, apesar de bonitos.
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Marco Antonio Perna
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Cartografia Básica - Paulo Roberto Fitz
Ver trechos do livro em PDF.
Fundamentos de Cartografia - Paulo Araújo Duarte
Índice do Livro
Capítulo 1 Cartografica: ciência ou arte?
Capítulo 2 Um pouco da história dos mapas
Capítulo 3 A rede geográfica
Capítulo 4 Forma e dimensões da Terra
Capítulo 5 Fusos horários
Capítulo 6 Projeções cartográficas
Capítulo 7 Os mapas e a questão da escala
Capítulo 8 Mapas, cartas e plantas
Capítulo 9 Séries cartográficas
Capítulo 10 Procedimentos simples para avaliação de distâncias e áreas sobre mapas
Capítulo 11 Levantamentos rápidos em trabalhos de campo
Capítulo 12 Os mapas sob a ótica da comunicação
Capítulo 13 Diagramação de um mapa
Capítulo 14 A tradução gráfica
Capítulo 15 Os níveis de informação
Capítulo 16 As variáveis visuais
Capítulo 17 Símbolos proporcionais
Capítulo 18 Como construir uma anamorfose
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Depois do ótimo livro que relatei anteriormente (Livros e Guias sobre Cartografia Básica) acabei de descobrir mais um:
Livro "Fundamentos de Orientação, Cartografia e Navegação"
Que possui o primeiro capítulo em PDF para apreciação do comprador em potencial.
Infelizmente fiquei extremamente decepcionado com o disponibilizado em PDF. Não foram disponibilizados os dados da edição e nem o índice de capítulos. No texto da página de venda é dito que "foi cuidadosamente editorado para resultar em uma peça gráfica de altíssimo padrão", porém no primeiro capítulo o que se vê são apenas imagens em preto e branco e com uma programação visual da editoração extremamente simples, que eu mesmo poderia ter feito. O livro "Guia de campo - Orientações e Mapas" que já falei a respeito dá um banho em relação ao visual, além de ir diretamente no que se precisa conhecer e aprender. Já nesse primeiro capítulo do novo livro o texto não é muito convidativo e por não ter índice fiquei com a impressão de que é um manual de uso de GPS.
A impressão que tive logo da primeira página não foi boa, pois transcrevem a primeira estrofe de "Os Lusíadas" de Camões sem maiores detalhes e colocam um selo em preto e branco sem explicações. E depois usam um texto de Jornada nas Estrelas e uma imagem muito ruim da Enterprise.
A seguir como eu colocaria (claro que em blog é possível o uso de tamanhos e cores com maior facilidade):
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“As armas e os barões assinalados,
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana;
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram...”
Os Lusíadas,
Canto I, Primeira Estrofe.
Luiz Vaz de Camões (1524-1580).
Camões não foi o primeiro a narrar em versos os feitos e as navegações do Homem. Muito antes dele Homero já o tinha feito. Porém, Camões é de nossa era, reflete parte de nosso passado, e Pedro Álvares Cabral, retratado com sua frota no selo acima, fez parte desse passado e se encaixa perfeitamente na estrofe. Passar pelo Brasil foi mero detalhe para ele. Seu objetivo era a Índia e daqui partiu para disparar seus canhões em Calecute. É importante mapear no imaginário do leitor de Camões a terra da Taprobana. Em 1979, com 14 anos, ainda sem internet e google tive certo trabalho para descobrir que se tratava do Ceilão, atual Sri Lanka e que "Ainda Além da Taprobana" se encontra Macau, antiga colônia portuguesa na China.
Do futuro ninguém sabe, mas quando criança eu queria ser astrônomo. Desisti porque a astrofísica não me interessava. Hoje sei que o que eu queria era ser cartógrafo estelar.
“O Espaço...
A fronteira final...
Estas são as viagens
da nave estelar Enterprise
em sua contínua missão
de explorar novos mundos,
buscar novas formas de vida
e novas civilizações...
Audaciosamente indo
onde homem algum jamais esteve...”
Texto de abertura dos episódios da série
clássica de Jornada nas Estrelas,
produzida por Gene Roddenberry e
muito popular na TV
nas décadas de 1960 e 1970.
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Bom, voltando ao blog, devo dizer que os trekkers que lerem na primeira página do livro em questão "nave estrelar Enterprise" e não "nave estelar Enterprise" como deve ser, vão se perguntar se não é uma nova receita de ovo estrelado....
Com relação a Taprobana, tenho a impressão que a grande maioria das pessoas (século XX em diante pelo menos) que chegaram a ler Camões não passaram das primeiras estrofes e nunca descobriram o que era Taprobana. E como o livro é sobre orientação e mapas....
O texto em si do primeiro capítulo é um pouco disperso. O autor mesmo comenta em certo trecho: "Mas, sem divagar muito, a questão-chave de todos os...."
Mas, sinceramente, acho que não conseguiu não divagar muito. Não é um capítulo muito encorajador a seguir lendo o livro.
Claro que vendo o livro inteiro a opinião pode mudar. Talvez o único problema seja o primeiro capítulo.
O livro dá grátis um cdrom com o programa TrackMaker e diversas outras coisas, mas você pode baixar gratuitamente da internet o TrackMaker em seu site. Clique Aqui.
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Marco Antonio Perna
Eng. Cartógrafo.
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Faltam sete anos para as Olímpiadas e cinco para a Copa do Mundo, ambos na cidade do Rio de Janeiro. Cabe agora a cada um de nós, de todo o Brasil, fazer por onde. Todos podem ganhar, não só no Rio de Janeiro, e para tanto devemos esquecer bairrismos e trabalhar. E chamar a atenção para as falhas também é fazer por onde. Estarei aqui escrevendo e todo brasileiro, em especial os engenheiros, terão muito trabalho pela frente. Outros ramos de atividade poderão só ter que trabalhar nos anos dos eventos, mas todos colherão os frutos durante ou depois, e alguns até antes.
Vamos ver se as favelas no google maps não ficam melhor cartografadas até lá.
Moro próximo ao Maracanã em Vila Isabel e a própria UERJ é ao lado. Será bem movimentado por aqui.
Bom trabalho e parabéns para nós.
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Perna
PS. A imagem acima eu montei para um trabalho escolar de minha filha e peguei o gato e o rato da internet, em sites diferentes. Não lembro onde, e como não gosto de não colocar a autoria, mesmo que idéia e montagem sejam minhas, solicito para quem descobrir a origem que me avise para que eu coloque aqui a autoria dos dois bichos.
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